David Corrêa |
Dedilhar um cavaco, banjo e
um violão, com juito suingue e acordes geniais, com o “molho” de excelentes
percussionistas arrepiam qualquer assitente em saraus ou sambas de mesa dos
“partidos altos” da eterna cidade sorriso.
Completando esta alegria, os
fantásticos intérpretes de todas as idades, ambos os sexos, soltam a voz cantando
melodias consagradas, mas também com um bom número de compositores locais.
Gusttavo Clarão |
Essa constelação de bons de
samba tem na figura do intérprete-mirim Guilherme Kauã, 10 anos, a marca da
renovação. Com o respeito dos mais tradicionais, como Zé Katimba, Flavinho
Machado, Gusttavo Clarão, Bimba, Declar, Miguel BD, Gilberto Gomes, entre
outros, assim como dos mais novos, dentre os quais, Inácio Rios, Pedro Ivo,
Thiago Cunha, assim como das cantoras Monica Mac, Maria Menezes, Andrea Beat, e
dezenas de bandas de samba, destacando-se os grupos Família Clarão, Sambaí,
Nossa Arte, e os projetos Vai Dar Samba e Samba de Rua.
Bons intrumentistas como os
irmãos Flavinho Sete Cordas e Bebeto do Cavaco, Maurição e dezenas
de outros, reforçados pelo pessoal da percussão, Bebeto Sorriso à frente,
incrementam as rodas de samba.
Com 82 anos, e vencedor de quase duas dezenas de
sambas-enredo, David Corrêa, nascido no Buraco do Juca, logradouro da
ex-capital fluminense fez questão de dividir este recorde com Zé Katimba e
Gusttavo Clarão, que também são apontados como autores do mesmo número de
composições para Escolas de Samba, pondo assim o fim de um celeuma.
Sambistas reunidos |
Berço do samba
Cidade natal do fundador da primeira Escola de Samba
do Brasil, Ismael Silva, criador da “Deixa Falar”, Niterói é reconhecida no
Brasil e no exterior como a cidade dos grandes sambistas. Por esta razão, o
CASA DA GENTE decidiu reuni-los num grande encontro sem precedentes, nesta
fotografia histórica.
Documentada no Clube Regatas Icaraí, ali estavam os
que fazem sucesso na cidade, no boêmio bairro carioca da Lapa, pelo Brasil e
até mesmo em outros
países. Do charme e suingue das vozes femininas de Monica Mac
e Maria Menezes, à força da experiência de Ignácio Rios e Declar, passando pelos
cavacos afinados de Declar e Hernani, e ao ritmo de Mikimba, Branca de Neve e
Bimba da Família Clarão, e o produtor Marcelo Almo o encontro inédito
acabou se transformando numa grande roda de samba, a base de vários cavacos,
violões, banjos, instrumentos de percussão dos mais diversos, cantores e
intérpretes no sentido mais amplo da palavra.
Guilherme Kauã |
Niterói pelos sambistas
“O
samba mora em Niterói, mas passeia pelo Rio, Brasil e no mundo” - Hermani do
Cavaco
“A
raiz, a energia e o estado de espírito do samba estão plantados aqui” – Monica
Mac
“A
escola de samba atravessa a ponte de cabeça erguida, se mostrando na vitrine, o
Rio de Janeiro” – Maria Menezes
“Grandes
compositores, intérpretes, músicos e passistas fazem de Niterói a força do
samba” – Inácio Rios.
“Do
‘miudinho’ ao partido alto, do samba enredo ao samba de quadra, sem tirar onda,
somos referência” – Branca de Neve.
Declar e Hernani do Cavaco |
“Que
sorte ser sambista da capital do nosso ritmo-origem” – Declar.
“Abram
alas, atravessem a ponte, cantem e sambem com a gente” – Bimba.
“As
rodas de samba, começando pelo Beltrão onde vinha Beth Carvalho e muita gente
boa, mostram o respeito por Niterói” – Mikimba
“Sou
um produtor novo, mas sinto a presença da resistência pelo samba como marca da
cidade” – Marcelo Almo.
“As
bandas, os intrumentistas, e os grupos tem um imenso carinho com o samba” –
Renato do Cavaco.
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