quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Somos uma escola de Samba

 
David Corrêa
A cada esquina, nas calçadas, em residências, bares, restaurantes e casas de shows, o nosso ritmo-origem faz de Niterói uma grande escola de samba.
Dedilhar um cavaco, banjo e um violão, com juito suingue e acordes geniais, com o “molho” de excelentes percussionistas arrepiam qualquer assitente em saraus ou sambas de mesa dos “partidos altos” da eterna cidade sorriso.
Completando esta alegria, os fantásticos intérpretes de todas as idades, ambos os sexos, soltam a voz cantando melodias consagradas, mas também com um bom número de compositores locais.
Gusttavo Clarão
Essa constelação de bons de samba tem na figura do intérprete-mirim Guilherme Kauã, 10 anos, a marca da renovação. Com o respeito dos mais tradicionais, como Zé Katimba, Flavinho Machado, Gusttavo Clarão, Bimba, Declar, Miguel BD, Gilberto Gomes, entre outros, assim como dos mais novos, dentre os quais, Inácio Rios, Pedro Ivo, Thiago Cunha, assim como das cantoras Monica Mac, Maria Menezes, Andrea Beat, e dezenas de bandas de samba, destacando-se os grupos Família Clarão, Sambaí, Nossa Arte, e os projetos Vai Dar Samba e Samba de Rua.
Bons intrumentistas como os irmãos Flavinho Sete Cordas e Bebeto do Cavaco, Maurição e dezenas de outros, reforçados pelo pessoal da percussão, Bebeto Sorriso à frente, incrementam as rodas de samba.
Com 82 anos, e vencedor de quase duas dezenas de sambas-enredo, David Corrêa, nascido no Buraco do Juca, logradouro da ex-capital fluminense fez questão de dividir este recorde com Zé Katimba e Gusttavo Clarão, que também são apontados como autores do mesmo número de composições para Escolas de Samba, pondo assim o fim de um celeuma.


Sambistas reunidos
Berço do samba
Cidade natal do fundador da primeira Escola de Samba do Brasil, Ismael Silva, criador da “Deixa Falar”, Niterói é reconhecida no Brasil e no exterior como a cidade dos grandes sambistas. Por esta razão, o CASA DA GENTE decidiu reuni-los num grande encontro sem precedentes, nesta fotografia histórica.
Documentada no Clube Regatas Icaraí, ali estavam os que fazem sucesso na cidade, no boêmio bairro carioca da Lapa, pelo Brasil e até mesmo em outros países. Do charme e suingue das vozes femininas de Monica Mac e Maria Menezes, à força da experiência de Ignácio Rios e Declar, passando pelos cavacos afinados de Declar e Hernani, e ao ritmo de Mikimba, Branca de Neve e Bimba da Família Clarão, e o produtor Marcelo Almo o encontro inédito acabou se transformando numa grande roda de samba, a base de vários cavacos, violões, banjos, instrumentos de percussão dos mais diversos, cantores e intérpretes no sentido mais amplo da palavra.

Guilherme Kauã
Niterói pelos sambistas

“O samba mora em Niterói, mas passeia pelo Rio, Brasil e no mundo” - Hermani do Cavaco

“A raiz, a energia e o estado de espírito do samba estão plantados aqui” – Monica Mac

“A escola de samba atravessa a ponte de cabeça erguida, se mostrando na vitrine, o Rio de Janeiro” – Maria Menezes

“Grandes compositores, intérpretes, músicos e passistas fazem de Niterói a força do samba” – Inácio Rios.

“Do ‘miudinho’ ao partido alto, do samba enredo ao samba de quadra, sem tirar onda, somos referência” – Branca de Neve.

Declar e Hernani do Cavaco
“Que sorte ser sambista da capital do nosso ritmo-origem” – Declar.

“Abram alas, atravessem a ponte, cantem e sambem com a gente” – Bimba.

“As rodas de samba, começando pelo Beltrão onde vinha Beth Carvalho e muita gente boa, mostram o respeito por Niterói” – Mikimba

“Sou um produtor novo, mas sinto a presença da resistência pelo samba como marca da cidade” – Marcelo Almo.

“As bandas, os intrumentistas, e os grupos tem um imenso carinho com o samba” – Renato do Cavaco.

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