quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Fabianna Brazil lamenta o fim do Baile Gay

Em nota para o CASA DA GENTE, a criadora e realizadora do Baile Gay de Niterói fala da criação e lamenta a paralização do evento. Segundo ela, o baile foi realizado durante 20 anos consecutivos até o ano de 2010, e vários foram os motivos para não dar continuidade a esse que foi o pioneiro e tradicional baile e carnaval para o segmento Lgbt em Niterói.
Desde sua criação, embalado pela força do jornalista Carlos Silva, esse baile fez história em nossa cidade. Várias pessoas que hoje estão militando em prol dos LGBT, na época eram bem novatos e alguns nem acreditavam que em Niterói, um baile gay pudesse fazer sucesso” conta Fabianna.
 A cada ano era eleita uma Rainha Trans e a disputa sempre foi acirrada e concorrida, pois as candidatas investiam pesado nas suas produções. O baile era referência no carnaval do RJ, e disputava a preferência do público com o também tradicional Baile gay do Scalla Rio.

“Um fato curioso na sua 1ª edição foi a não-liberação de vários clubes e locais procurados para a sua realização. Ninguém queria arriscar receber o público LGBT, havia muito preconceito. O único clube que nos abriu as portas foi o Grupo de Regatas Gragoatá, quando o Sr. Roque de Assis nos recebeu e a estreia foi lá. Houve muita especulação em torno do sucesso do baile e muita gente apostando que não haveria público. Mas o baile sobreviveu por 20 anos e com muito sucesso.
Até hoje as pessoas me perguntam sobre o baile » complementa Fabianna. 
As edições do baile fizeram história: celebridades do mundo gay marcaram presença no evento, entre elas: Andressa Piovani, Milena Ravache, Kassandra Taylor, Michele Prado, Graziela Azevedo, Bruna Vidal, Dominique Laurence, Laysa Versace e Bruna Marx, todas coroadas no baile, e que, hoje, fazem parte do show biz gay no Brasil e no exterior.


Um comentário:

  1. Fabianna Brasil é a percussora de grande parte do movimento social aqui em Niterói, devido ao seu Baile famoso e pioneiro, ela quebrou barreiras e paradigmas, mostrando especialmente que a população TRANS existe, sempre existiu e que precisa de políticas públicas para assegurar seus direitos. Lembro do Trio Fabianna Brasil, que representava a cidade de Niterói na Parada LGBT de Copacabana, disputadíssimo a cada ano. Sem falar na participação efetiva de sua corte nas abertura do Carnaval da Cidade.Sempre muito elogiada e festejada por todos!
    Além é claro, de seus programas de Tv e na Web, que ampliavam ainda mais essa visibilidade.
    Sinto a falta da Fabianna em qualquer evento e movimento LGBT da Cidade, pois sua presença por sí só, já é o suficiente para dar credibilidade ao mesmo.

    Beijo e sucesso sempre!

    ResponderExcluir