Por
Mário Dias
Nascido em São Gonçalo, vim morar ainda
garoto com meus avós no Barreto, em Niterói, embora mantenha minhas origens no
vizinho município. Lembro com saudade do extinto Mercado São Sebastião, na
Praça Enéas de Castro, no Barreto, onde
havia um coreto com programas de calouros e shows comandados por Eugênio
Ribeiro, um comunicador da década de 70. No local também aconteciam comícios
políticos.
O
Barreto era chamado da “capital da alegria”, com programação dos clubes
Bandeirantes, Cruzeiro, Fiat Lux, Manufatura, Byron, Humaitá e Cinco Julho,
estes dois últimos ainda resistindo ao tempo. Desfiles de blocos, principalmente
o “Tudo sabe e nada diz”, “Zorro” e “Arrasta tudo”, um bom carnaval de rua,
atualmente mantido pelo vereador Paulo Bagueira e outros abnegados.
No Fonseca, os bailes do Marajoara,
Caixotinho, e principalmente no Fonseca Atlético Clube, onde durante mais de 10
anos a Escola de Samba Acadêmicos do Cubango realizava excelentes ensaios, os
quais eu comandava o microfone, sempre supervisionado por Nei Ferreira,
fundador da verde-e-branca. Ainda no Fonseca, o bloco da chaleira, na Teixeira
de Freitas.
No Caramujo, a Escola de Samba
Combinado do Amor, de onde surgiu a primeira passista internacional, Paula, que
foi levada para o Salgueiro. Lá, exisita o Figueira, que promovia ótimas
noitadas. No Cubango, além da Escola, o Centro Pró-Cubango, com festas
embaladas por “charme”, um ritmo que está voltando. Em Santa Rosa, os blocos
“Sai tarde, volta cedo, “Dominó”, “Preto e Branco” e a banda com o nome do
bairro, assim como os clubes, “Pioneiros” e “Marieta”. No Vital Brazil, a
escola de samba Sousa Soares, disputando popularidade com a Acadêmicos do
Beltrão, sendo a “Garganta” berço da Escola de Samba Unidos do Viradouro.
Reafirmo que em cada bairro ou
logradouro de Niterói, tenho dezenas de amigos, formando uma rede de
informantes do CASA DA GENTE, aos quais nestes 440 anos da cidade, agradeço com
carinho, a sinceridade, com a certeza de que sempre estaremos juntos.
Nesta grande família, incluo líderes
religiosos, simbolizados pelos padres Wallace Assis, da Igreja de São
João e Igreja de São Jorge; Pastor Nilson do Amaral Fanini (falecido), Miguel
Gonçalves, do Centro de Pesquisa Afro-Brasileira e Maria das Dores Rocha, da
Casa da Caridade Miguel Arcanjo.
Só uma correção: A agremiação mais antiga do carnaval de niterNi e a Combinado do Amor 20 de outubrode 1936 a Sabiá e de 1939.
ResponderExcluirDo mais muito bom seu artigo. Parabéns.