terça-feira, 1 de maio de 2018

Campanha de vacinação contra a gripe segue até dia 1º de junho


Imunização visa atingir cerca de 4,5 milhões de pessoas no estado do RJ

A 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, programada pelo Ministério da Saúde, está em andamento nos 92 municípios fluminenses e tem a meta de imunizar cerca de 4,5 milhões de pessoas no estado do RJ. A vacina disponibilizada pelo governo federal é a trivalente, que previne a contaminação pelos vírus A/H1N1, A/H3N2 e Influenza B. A mobilização acontece até 1° de junho nos postos de saúde de todo o Estado do Rio.



O público-alvo da campanha é formado por pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses e menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas – e os funcionários do sistema prisional. Portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem levar a prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina.
A Influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente dura uma semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante.
 Os vírus influenza são transmitidos facilmente por pessoas infectadas ao tossir ou espirrar. Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. Algumas pessoas, como idosos, crianças e gestantes possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A vacinação é a intervenção mais importante na redução do impacto da influenza.
Esta doença respiratória infecciosa pode levar a pessoa a ter complicações e, inclusive, matar principalmente os indivíduos que se encontram no grupo prioritário, que é de alto risco, e que ainda não estejam imunizados. Equipes de vigilância monitoram os casos de pacientes hospitalizados e óbitos decorrentes da doença com o objetivo de identificar o comportamento do vírus.
Este ano, até 16 de abril, foram notificados 167 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva, sendo 4 deles causados pelo vírus H1N1 e 13 provocados pelo vírus H3N2. No mesmo período, foram notificados 18 óbitos por SRAG no estado, sendo 1 por H3N2.
"É importante que todo público-alvo se vacine, mesmo os que já se vacinaram em outra ocasião, pois o imunizante usado sofre alterações em sua composição ao longo dos anos. Ele é feito conforme o cenário epidemiológico apresentado anualmente pelas regiões, e inclui o reforço necessário para a ocasião", explicou o secretário de Saúde do estado, Sérgio Gama.
Além da imunização,  é importante adotar também medidas preventivas como lavar as mãos com freqüência e não compartilhar objetos de uso pessoal.
Niterói: meta é de vacinar 170 mil pessoas
 Em Niterói, a imunização está disponível em 54 salas de vacina nas Policlínicas Regionais, Unidades Básicas de Saúde e módulos do Programa Médico de Família, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17horas.  No dia 12 de maio, será o Dia D de mobilização, com mais de 500 profissionais aplicando as doses nessas unidades. A meta do município é vacinar aproximadamente 170 mil pessoas. A secretária municipal de Saúde, Maria Célia Vasconcellos, alerta para a importância da vacina e convoca a população. 
“A imunização reduz o número de internações, complicações e mortes em decorrência de infecções causadas pelos vírus da gripe. É fundamental que as pessoas que fazem parte desses grupos recebam a dose”, orienta Maria Célia, explicando que a vacina é fabricada com partículas inativadas dos vírus H1N1, H3N2 e B e, portanto, é incapaz de produzir a doença.

Para receber a dose da vacina, as pessoas que fazem parte dos grupos-alvo da campanha devem comparecer às unidades de saúde levando carteira de identidade e outros comprovantes de acordo com os grupos a que pertencem. Os trabalhadores das áreas de Saúde e Educação devem apresentar identidade profissional ou crachá. As crianças de 6 meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias, cartão de vacinação. Pessoas com 60 anos ou mais, apenas a carteira de identidade. Já as pessoas com doenças crônicas (a partir dos 5 anos), precisam apresentar solicitação médica, com indicação da doença. Para as puérperas (mulheres 45 após o parto), é necessário levar a certidão de nascimento do bebê, ou cartão do pré-natal, ou cartão de vacinação do bebê. Já as gestantes, só precisam declarar que estão grávidas. 

São Gonçalo e Maricá
Em Maricá, 32 unidades de saúde  estão envolvidas na Campanha de Vacinação. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Em São Gonçalo, 70 salas de vacinação estão disponíveis à população para a imunização.
"O período entre tomar a vacina e estar protegido contra a infecção é de duas semanas. Se imunizando antes, a pessoa não estará exposta ao vírus quando ele estiver em circulação. Então estamos bem preparados para encarar mais um inverno protegendo o quanto antes a população", analisa o prefeito José Luiz Nanci. 


A aposentada Manuelina da Silva Costa, 64 anos, foi uma das pacientes que procuraram pelo serviço de saúde para a imunização.
"Há alguns anos tive três pneumonias em um ano. Depois disso passei a me cuidar mais, isso inclui a vacina contra a gripe que eu tomo todo ano. Me sinto mais protegida", conta. 



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