quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

DESTINOS - Cunha - A arte que nasce da terra

A cidade é um dos polos mais importantes de arte cerâmica do Brasil e da América do Sul

Belas peças do ateliè Suenaga & Jardineiro
Uma história que se iniciou na década de 70, quando um grupo de artistas japoneses, brasileiros e um português escolheram Cunha para se instalar e fazer ali a sua produção. De lá pra cá, quase 40 anos depois, Cunha se tornou um dos mais ricos e diversificados polos de produção de arte cerâmica da América Latina.
Atualmente, 23 artistas distribuídos em 17 ateliês criam esculturas, objetos decorativos e utilitários de variadas influências. Das tradicionais paneleiras ao estilo oriental, passando pela cultura indígena-ibérica e a influência do mundo árabe, ao fazer o “caminho das artes” percorrendo os ateliês, o turista pode admirar, saber mais sobre a concepção dos trabalhos, e adquirir peças diretamente com os artistas.
“A produção de Arte Cerâmica de Cunha é reconhecida pela diversidade e autoralidade. Esta concentração de artistas, cada um com sua individualidade de expressão, torna a cidade um polo expressivo de produção de cerâmica”, afirma Amália Fernández Gómez ou simplesmente Mali, como é conhecida a presidente da Associação dos Ceramistas de Cunha - CunhaCerâmica, entidade criada em 2006.
Entre os eventos que costumam atrair turistas estão o Festival Cultural da Cerâmica – que em 2014, acontecerá no mês de setembro - com inúmeras atrações, como cursos, workshops e exposições. Porém, ao longo do ano sempre há bons motivos para visitar Cunha e se encantar com a cerâmica. As “aberturas de fornada”, quando as peças são retiradas das câmaras após seu resfriamento ou as “queimas de Raku”, quando as peças são retiradas do forno ainda incandescentes e resfriadas em serragem são verdadeiras cerimônias marcadas por encantamento e surpresas para quem as acompanha.
 Para saber mais sobre os artistas e ateliês, basta visitar o site da Prefeitura www.cunha.sp.gov.br ou a página facebook da Associação dos Ceramistas, facebook.com/associacao.ceramistasdecunha .

Conheça alguns tipos de queima existentes em Cunha


Forno noborigama
Originário do Extremo Oriente, o forno prima pela eficiência, curto tempo de queima e economia de lenha. Ele se desenvolve em câmaras interconectadas e a queima é feita progressivamente, cada câmara aproveitando o calor da anterior. São realizadas cinco aberturas ao ano: Carnaval, Páscoa, Inverno (Julho) , 07 Setembro e fornada de 15 Novembro.  
  
O espetáculo da queima de Raku no ateliê
Gaia Arte Cerâmica
Forno de Raku
Praticada no Japão no século XVI, é um inusitado método de queima. Consiste em abrir o forno a 1.000ºC de temperatura, retirando as peças ainda incandescentes e cobrindo-as imediatamente com serragem. Os resultados são inesperados, apaixonantes e inimitáveis. Cada peça de Raku é única. Queimas de Raku e aberturas de forno são realizadas todos os sábados de Janeiro, junho e julho e todos os feriados. É preciso reservar previamente.

Forno a Gás
O forno a gás proporciona o contato direto da cerâmica com o fogo, semelhante à queima a lenha. Permite queimar em atmosfera redutora (pouco oxigênio) ou atmosfera oxidante (abundante entrada de oxigênio).

Forno Ocidental a Lenha
Tem uma ou mais fornalhas na parte de baixo e uma só câmara alta, onde se colocam as peças a serem queimadas. Devido ao seu design, o forno é de fácil manejo e pode realizar queimas relativamente mais rápidas.




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