quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Histórias de fé

Participantes contam as emoções que viveram na JMJ do Rio

Por Luana Dias
Uma grande festa de fé, paz e união. Assim foram os seis dias da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 28 de Julho. Jovens, crianças, idosos, católicos de todas as idades vieram dos quatro cantos do mundo para celebrar com alegria ao lado do Papa Francisco.
Alguns dos participantes aceitaram dividir suas histórias com o JORNAL CASA DA GENTE. Jornalista, advogada, professora, militar, brasileiros que dão seus testemunhos pessoais, repletos de emoção, e que nos mostram de uma forma íntima a atmosfera inesquecível para os mais de três milhões de peregrinos que vieram à Cidade Maravilhosa para este (re)encontro com a sua fé.

Proteção divina
Luciano Fernandes, 35 anos, Militar

“Participei na JMJ num aparato que reuniu todas as forças militares para transportar a comitiva do Papa Francisco em segurança durante todo o evento. Tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente no momento em que ele embarcaria rumo a Copacabana, e por sua humildade, fez questão de cumprimentar cada tripulante e registrar o momento com todos nós. Foi um momento de muita emoção para mim e todos que estavam ali presentes.
Toda a jornada foi um a experiência única, ao ver milhares de fiéis movidos pela fé. Um momento marcante pra mim foi quando transportamos sua comitiva para Aparecida do Norte e ao chegar lá nos deparamos com milhares de pessoas mesmo debaixo de chuva, assim como sobrevoar as areias de Copacabana preenchida com cerca de 3 milhões de fiéis.
Mas, sem dúvida a maior emoção foi ter tido a oportunidade de apertar a mão daquele que poucos tiveram a chance de se aproximar. Pelo simples fato do que ele representa para toda a humanidade, pois com sua humildade, alegria, bondade leva a todos a palavra de Deus e atinge todos os corações independente de qualquer religião”.

Matheus: o filho abençoado
Renata Peixoto, 32 anos, Professora de Educação Física

“Como todos os católicos que vivem a fé, a JMJ deixou saudade. Católica atuante, participo com minha familia da paróquia de São Lourenço, no Fonseca, em Niterói. Lá trabalho com meu marido do Encontro de Casais com Cristo e participo das missas dominicais.
A JMJ começou muitos meses antes da chegada do Papa com os preparativos em nossa  paróquia para acolher os peregrinos. Na segunda-feira, dia da chegada do Papa, fui com minha família ao centro do Rio para vê-lo de perto. O que eu não imaginava era ter conseguido um lugar tranquilo e para esperar com ansiedade e muita emoção a chegada do Papa. 
Estava com meu pequeno Matheus quando um voluntário se ofereceu para tentar levá-lo ao Papa. Quando se aproximava o momento fui tomada de tanta emoção e graça ao ver meu filho sendo beijado e abençoado por Ele. Particularmente, a JMJ marcou minha vida  e de minha familia. E para todos nós, povo cristão, viver a JMJ aqui no Rio foi uma lição de acolhimento, esperança e fé”.

Voluntária na fé
Marta Paz de Castro, 31 anos, advogada

“Não pude ir a JMJ Madri 2011, pois tinha uma filha de 6 meses. Quando o Papa Bento XVI anunciou a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro foi uma alegria imensa, pensei: essa não vou perder! Planejamos tudo para o Papa Bento, quis Deus que viesse Francisco. Logo me inscrevi como voluntária e família de acolhida para três peregrinos.
O voluntariado foi uma experiência muito boa, gente do Brasil e do mundo exercendo todo tipo de tarefa, a alegria de reconhecer no outro a mesma fé fazia com que a amizade surgisse rápido. As peregrinas que hospedei trouxeram de vez a experiência da JMJ pra dentro de casa. É como se percebessemos quanta fé há no mundo e como são diversas as formas de expressá-la! Éramos irmãos, na expectativa de receber nossa grande família católica pra uma enorme festa, com um convidado muito especial. Na chegada do Papa, pude vê-lo no centro da cidade e lá mesmo ele foi deixando sua marca: afetuoso, sorridente, próximo das pessoas.
A cada passagem, muitos beijos nas crianças, muita atenção para com todos e um olhar... Aquele olhar que nos abençoa prontamente. A cada discurso, ensinamentos simples e diretos, palavras de entusiasmo e encorajamento missionário. Para mim, que sempre estive inserida no serviço da Igreja, a presença do Papa Francisco nessa JMJ foi uma nova força pra continuar trabalhando na evangelização, pra que mais pessoas conheçam o amor de Deus. "Ide, sem medo, para servir". Até a Polônia, Papa Francisco! Que até lá possamos semear todo o bem que recebemos nessa Jornada”.

Lavando a alma
Valéria Aguiar, 44 anos, Jornalista – TV Rede Vida

“Sempre que estive perto do Papa Francisco me senti profundamente emocionada. A simplicidade, o carisma, a sabedoria do pontífice são únicos. Também fiquei impressionada com o espírito fraterno e a conscientização ecológica dos peregrinos. Um espetáculo que lavou a alma do Rio.
Para uma jornalista católica, era como se fosse a minha Copa do Mundo. Trabalhei, enquanto rezava. Meditei enquanto trabalhava. A JMJ pra mim foi a maior manifestação popular da história do país. Sob a liderança de um velho e lindo homem de branco, uma multidão de 3,7 milhões de pessoas pediu em uma só voz por paz, amor e justiça. Espero ter ajudado”.


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