Nascidos e criados no
Samba, eles dão um show de amor e de talento
Por Luana Dias
Maria Eduarda: samba no pé e empolgação chamaram a atenção de Zé Paulo Sierra e sua esposa, a sambista Vivi Sousa (fotos Luana Dias) |
Ao lado do carro de som da Unidos do Viradouro, a meiga
Maria Eduarda Silva - ou apenas Duda, para a família - esbanja samba no pé. Com
apenas 7 anos, o talento da pequena foi descoberto pelo olhar carinhoso e
atento de Zé Paulo Sierra, intérprete da vermelho-e-branco, e de sua esposa, a
sambista Vivi Sousa, que passou a ser a "madrinha" e cicerone de Duda.
A niteroiense - que é estudante do 2º ano da Escola Municipal Julia Cortines,
aprendeu a sambar com a mãe, Amanda Silva, e a paixão pela Viradouro nasceu
praticamente junto com ela: desde bebê, a mãe a leva para os ensaios de quadra.
Com desenvoltura, a pequena levanta aplausos e não se
intimida com a multidão que lotou a Amaral Peixoto para prestigiar a escola.
Apesar da euforia e dedicação, ela ainda não participa do desfile oficial da
vermelho-e-branco, por isso o ensaio ganha um significado todo especial.
"Talvez nos próximos anos, ela já irá para o Sambódromo". Em
compensação, desde os 4 anos de idade, Duda participa do Bloco dos XV, que se
apresenta em Niterói.
Com 1,47m e apenas 10
anos, Renan Beraldi exerce uma função de "gente grande": desde 2017,
ele é diretor de bateria da Acadêmicos do Cubango, à convite de Mestre Demétrius,
que comanda o ritmo folgado verde-e-branco. O amor pelo samba é de berço: desde
a barriga da mãe, ele frequenta ensaios e escolas de samba, e seguindo os
passos do pai, Luiz Henrique da Silva, que também é diretor de bateria na
agremiação, começou em 2015 a demonstrar seu interesse pelos ritmistas,
observando os gestos, as bossas e o compasso, e exercitando os ouvidos. O
talento nato do menino chamou a atenção de Mestre Demétrius, que lançou o
desafio, abraçado com muita responsabilidade e dedicação por Renan. Além do
pai, ele recebe todo apoio e carinho da mãe, Ingridi Beraldi, que deixou o
surdo 1 que tocava, para poder acompanhar o filho, e dar todo suporte ao longo
da avenida.
Renan na Acadêmicos do Cubango: dedicação para conduzir a bateria ritmo folgado. Na última foto, ao la- do do pai, Luiz Henrique da Silva. (fotos Luana Dias/ Jornal Casa da Gente) |
No último domingo, na
Amaral Peixoto, Renan chegou a ensaiar alguns trechos desta encenação, mas
sempre com cuidado de não estragar a surpresa, que está guardada para o desfile
da escola, na sexta de Carnaval na Sapucaí.
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