quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mães de primeira viagem

Elas falam da emoção e os desafios da maternidade e compartilham sua experiência com o CASA DA GENTE
Por Luana Dias

Rejane e Matheus
Um resultado positivo e – em meio à alegria diante de um mundo completamente novo que começa a partir dali – uma chuva de dúvidas e uma pontinha de medo. Ser mãe pela primeira vez é um acontecimento e tanto na vida de qualquer mulher, e as perguntas surgem logo a partir da descoberta da boa nova. Como ter uma gravidez saudável, a amamentação do bebê, as noites de sono perdido, as cólicas intermináveis... como diz o ditado “ser mãe é padecer no paraíso”. Para compartilhar os aprendizados desta experiência, o CASA DA GENTE conversou com três “mães de primeira viagem” que conseguiram superar a ansiedade através da busca por informação. Tias, primas, avós, mãe, livros, site, programas de TV, vale tudo quando o que está em jogo é ter uma gravidez e uma maternidade felizes.
Thais e Luiza
A jornalista Thaís Dias, 30 anos e o repórter fotográfico Pablo Jacob, 27, são os pais de Luiza, que acaba de completar seis meses. Os dois optaram por uma gravidez planejada, e em pouco tempo já se viam na nova etapa de vida.
“Sempre sonhamos em ser pais e quando o resultado confirma a realização desse sonho é como se nosso corpo ficasse tomado por amor e felicidade. Mas preocupação também. Afinal, ter filho é uma grande responsabilidade”, conta Thais.
Como jornalista e leitora voraz, a primeira reação foi de apelar para os livros.  
“Ao saber do resultado do teste, já comprei uns cinco livros. Ao final da gravidez já tinha lido mais de 20, e continuo buscando literatura especializada até hoje”. 
Assim como ela, a leitura serviu de base para a pedagoga Rejane de Carvalho da Costa, 31 anos, que há um ano deu à luz a Matheus.
         “Meu guia foi o livro ‘O que esperar quando você está esperando’, que ganhei de presente da minha prima, além das dicas do site Baby Center Brasil, que recomendo a todas as mamães”.
Fruto de um relacionamento de 12 anos, o filho era desejado desde a oficalização da união com seu companheiro Tadeu da Costa, há 5 anos. Além dos livros, a jovem teve o apoio de sua mãe Regina, a quem muito recorreu:
“Minha mãe é uma pessoa incansável, e sem a qual eu não saberia enfrentar os momentos de aflições que passei com meu filho”, confidencia Rejane.
Flavia e Taisa

         Para a paulista e pós-produtora de cinema Flavia Vargas, de 40 anos, a realidade foi outra. Casada há dois anos e meio com o urbanista francês
Alexandre Pailhès, e morando na cidade de Montpellier, no Sul da França, ela aprendeu a lidar com a distância da família desde quando começou a esperar Taïsa.
         “Durante a gravidez, o tempo passou muito rápido e eu já sabia que minha família viria para conhecê-la. Taïsa é a primeira neta e sobrinha da família e eu fiquei grávida aos 39 anos, imagina o que eles esperaram por este acontecimento! Você tem que construir sua família onde quer que você esteja com muito amor e mostrar pro seu filho que os parentes que moram longe também o amam, falar, ouvir música pra crianças e estórias na língua materna ajudam para que a distância seja somente uma questão geográfica”, conta Flavia.
         Na rotina da relação entre mãe e bebê, os belos momentos estão sempre intercalados pelos mais difíceis.
Pra nós, o momento de maior apreensão foi saber assim que Taïsa nasceu que ela deveria fazer uma cirurgia. O procedimento foi realizado  um mês e meio após o seu nascimento, e foi um sucesso. Neste momento, foi fundamental a união nossa – minha e do meu marido -  que ama minha filha de uma forma que eu não podia imaginar. Isso foi e continua sendo muito importante pra mim” afirma Flavia.

         A amamentação e as cólicas também são temas que costumam afligir ainda mais as mamães de primeira viagem. 
         “Passei muitas noites em claro, angustiada com os choros inexplicáveis, sem saber se era fome, cólica, dor, frio .... Também tive dificuldade com a amamentação, meu leite empedrou, senti muitas dores e cheguei a ter mastite, mas busquei ajuda médica e realizei o tratamento sem interromper a amamentação”, conta Rejane.
“As três primeiras semanas foram cercadas de dores e incômodos. Tinha muito leite, mas sentia uma dor enorme para amamentar. Chorávamos a Luiza e eu. Ela com fome e eu com dor. O apoio do meu marido e da minha mãe foram essenciais para eu superar e conseguir sentir prazer na amamentação. A Luiza até hoje mama apenas o meu leite”, afirma feliz Thais.
Em meio a todas as questões que surgem com a maternidade, nada substitui a certeza do sentimento de ser mãe.
“Ser mãe é sentir um amor incondicional, sincero, louco...  Quando sentir vontade de ser... esta é a hora!” finaliza Flavia.



Conselhos de “mãe para mãe”


“O pai e a mãe devem conversar com o bebê desde que ele esteja na barriga, a mãe deve descansar na medida do possível e ter uma alimentação saudável. Estar por perto quando seu bebê precisar e ajudá-lo com tranqüilidade, sem transmitir stress... assim você terá um bebê feliz e calminho!” – Flavia Vargas, mãe de Taïsa.

“Depois que o bebê nascer, aproveite muito cada dia ao lado dele, o primeiro sorriso de reconhecimento, as primeiras palavras, o sentar, o engatinhar, os primeiros gestos de carinho e até mesmo o choro, pois o tempo realmente passa muito rápido e como se fosse num piscar de olhos o seu bebezinho vai estar andando e te chamando de mãe”. Rejane Carvalho da Costa, mãe de Matheus.



“O conselho mais importante é ouvir tudo o que te aconselham e não seguir quase nada (risos). Todo mundo tem uma dica, um palpite e muitos parecem loucuras. Eu ouço, agradeço e sigo meus instintos” – Thais Dias, mãe de Luiza. 



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