sexta-feira, 18 de março de 2016

Três Mulheres, três destinos

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o CASA DA GENTE escolheu três para simbolizar a luta de todas.Mostramos aqui um pouco do brilho da Mulher brasileira

A Universitária
"No dia 8 de março de 1857, trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizerem greve por melhores condições de trabalho e igualdade de direitos trabalhistas para as mulheres. Desde então, tal data ficou marcada para sempre como um momento de união e luta de mulheres de todo mundo em busca de uma vida mais justa e igualitária. Apesar das diversas conquistas adquiridas ao logo da história e da igualdade entre gêneros ser garantida pela constituição brasileira, ainda hoje as mulheres são frequentemente alvo de discriminação e violência. É fundamental, portanto, que o momento de reflexão iniciado há 159 anos persista, de forma que, um dia, possamos comemorar o dia 8 de março com a consciência de que, em todo o mundo, as mulheres são respeitadas e valorizadas como merecem".
Camila Diuana Martins, estudante de medicina da Universidade Federal Fluminense.

A Comodoro
"Ser Comodoro do mais antigo Clube de Vela do país, O Iate Clube Brasileiro (ICB), é um cargo de extrema responsabilidade, ainda mais tratando-se de um Clube Náutico e que nos dias atuais teve que se adequar ao perfil dos associados que não possuem embarcações e que devem ser atendidos em seus anseios.
É um desafio prazeroso, após 52 anos de associada, poder retribuir a esta agremiação todos os momentos felizes que aqui vivenciei com meus amigos e familiares.
Este ano o Clube está sediando duas equipes olímpicas (Grã-Bretanha e Estónia) e uma equipe paralímpica (Grã-Bretanha) motivo de orgulho para a família ICB.
 Sou pedagoga, tenho duas filhas: Leandra (médica) e Thessia (dentista), e dois netos, Cecilia (2 anos e oito meses) e Pedro (quatro meses). A Mulher é uma batalhadora com múltiplas funções, nem sempre valorizada por sua contribuição na sociedade. Além de Comodora, Mãe e avó, sou também Dona de Casa, que demanda que exerçamos várias atividades simples e complexas mas fundamentais nos alicerces da estruturação familiar".
Linda Bader, Comodoro do Iate Clube Brasileiro

A Guerreira
"Embora ainda sofra grandes preconceitos, a mulher vem conseguindo aumentar o seu espaço nas estruturas sociais, abandonando a figura de mera dona de casa e assumindo postos de trabalho, cargos importantes em empresas e estruturas hierárquicas menos submissas.
A elas, Durante grande parte da História do Brasil, eram negados os principais direitos políticos como, por exemplo, votar e se candidatar. Considerada como sexo frágil por muitos, mas que de sexo frágil não tem nada.
Mulher, mãe, bela, sensível, forte, companheira. Mulher que sonha se arruma, se perfuma, vence o cansaço, ama incondicionalmente.
Tem ganhado o mundo com sua coragem... chora, ri, dá a vida pela sua vida.
Quero deixar uma mensagem em especial às mulheres guerreiras que perderam seus filhos como eu, e precisam de uma palavra amiga e carinhosa para continuar:
Devo Continuar
(de Rafael Araújo Mendes)
À noite em meu quarto olho as estrelas e não encontro o brilho de outrora.
Tento dormir e não consigo.
Meus pensamentos voam
Tentando achar uma explicação
E não consigo encontrar.
A angústia sufoca o meu coração.
Lágrimas rolam e não conseguem aliviar o peso da minha alma.
E eu continuo a te procurar, em cada esquina da vida, mas em nenhuma delas você está...
Sim, em muitos momentos da vida, alguém especial tem que partir antes de nós.
E fica a pergunta: “ Como continuar? “
A dor é forte demais e a vontade de desistir persiste.
Porém, podemos e devemos continuar.
Se o sorriso de outrora não pode mais ser visto, procuremos encontrar na alegria expressada no rosto de uma criança carente que acabamos de auxiliar.
Se as mãos não podem mais ser tocadas, levemos o calor de um abraço sincero a quem passa por grandes sofrimentos.
Se a música não pode mais ser dançada, espalhemos a melodia entre os enfermos de um hospital.
Se a voz não pode mais ser  ouvida, procuremos semear palavras de esperança por onde andarmos.
Se as estrelas não têm mais o mesmo brilho de outrora, nos esforcemos a iluminar o caminho daqueles que se encontram entre as trevas.
Se não podemos mais oferecer flores, trabalhemos para florir todos os jardins do mundo.
Se a luz parece ter ido embora, procuremos suavizar a escuridão que reinam em tantos lares necessitados.
Se o riso se foi, procuremos trazer a alegria para quem está desanimado diante de tantos obstáculos.
Se o sol deixou de brilhar, transformemo-nos em um farol para iluminar o caminho de quem se encontra perdido.
Se a ausência parece machucar o nosso coração, procuremos levar a esperança a quem deixou de acreditar.
Se os encontros perderam sua graça, procuremos entender o milagre que podemos realizar quando estendemos as mãos a quem está caído.
Se o físico se foi, o espírito vive e sente.
Devemos acreditar que o reencontro está marcado.
Sim, devemos continuar.
Devemos sentir saudades sim, mas jamais tristeza.
Devemos preencher o vazio que sentimos com gestos de amor.
Porque só o amor é capaz de grandes transformações.
Só o amor rompe todas as barreiras.
Só o amor cala as nossas feridas.
E só o amor nos leva a crer que não importa as perdas que a vida nos impõe, devemos sempre continuar...

Rosemary Fructuoso é presidente do Instituto Léo de Sá, criado após a perda de seu filho, vitima de um assalto


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