A cantora Tania Malheiros celebra o centenário do samba, com um show no próximo dia 5 de abril, às 18 horas, no projeto Arte na Rua, da Secretaria de Cultura, da Prefeitura de Niterói. No palco erguido na Rua Moreira Cesar, esquina com a Rua Mariz e Barros, em Icaraí, Tania levará ao público obras do gênero do século XIX, como “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida, o primeiro a ser registrado na Biblioteca Nacional (1916). O show é grátis.
“Sempre me encantei com essa fase inicial da História do samba, com as dificuldades e lutas vivenciadas pelos pioneiros”, comenta Tania. No repertório, composições de Sinhô, Pixinguinha e João da Baiana, chegando aos clássicos contemporâneos de Nelson Sargento, Xangô da Mangueira, Wilson Moreira, entre outros ícones.
No show, Tania Malheiros estará iniciando em sua terra natal, as comemorações pelos 15 anos de carreira. Não faltarão pérolas de Ismael Silva, nascido em Jurujuba, e sambas em homenagem à cidade, promete. A cantora estará em companhia de Kiko Chavez (violão) e Gabriel Buzunga (percussão), músicos que se apresentam com ela em todos os shows. Tania promete cantar pelo menos duas músicas inéditas de sua autoria.
Influência do pai
Foi em Niterói onde Tania começou a cantar na infância por influência do pai, Mucio de Sá Malheiros, cavaquinista. Até a adolescência, ela cantou em clubes e festas. No Colégio Estadual Aurelino Leal, no Ingá, apaixonou-se pela poesia com a orientação da professora e fundadora do Clube de Poesias, Neusa Peçanha. Anos depois, formou-se em Jornalismo e passou pelas redações de grandes jornais; ganhou um Prêmio Esso na categoria Informação Científica, Tecnológica e Ecológica; escreveu dois livros sobre a questão nuclear no Brasil, mas nunca deixou de lado a vontade de cantar. Há cerca de 15 anos, voltou aos palcos e não parou mais.
Lançou seu CD de estreia, “Deixa eu me benzer”, em 2010, com arranjos do maestro Gilson Peranzzetta, elogiado pelo público e pela crítica. Agora Tania se prepara para lançar seu novo CD. Tem se apresentado em várias casas da Lapa como o Rio Scenarium e Bar Semente. Fora do circuito Lapa cantou em todas as partes da cidade, da Zona Norte a Zona Sul, passando pela Zona Oeste, Baixada Fluminense e Niterói, além dos shows que fez em São Paulo. Já cantou no Municipal de Niterói, em companhia de Vó Maria, viúva de Donga, e agora volta ao Arte na Rua. “Esse projeto é maravilhoso, democrático e permite uma maior aproximação da gente com o público”, diz a cantora.
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