As bailarinas niteroienses Désirée Thompson e Adriana Mendes fazem
sucesso na carreira internacional
Por Luana Dias
Adriana Mendes (foto: divulgação/ Yan Revazov) |
A dança –
expressão máxima do corpo e da alma – é uma arte que atravessa fronteiras, e
que consegue exprimir – mesmo sem palavras – sentimentos, histórias e paixões
por onde passa. E é exatamente nesta expressão artística que duas niteroienses
resolveram trilhar o seu caminho e ganhar o mundo, cada qual no seu estilo:
Adriana Mendes Désirée Thompson.
Adriana
Mendes é daquelas mulheres que chamam atenção pela presença e exotismo. Do alto dos seus 37 anos, a
bailarina niteroiense deu os seus primeiros passos no mundo da dança aos 3 anos,
e em seguida iniciou sua formação na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa,
tendo passado também pela Escola Brasileira de Artes. Há 11 anos, seu caminho
cruzou com o Velho Continente, conquistando de vez seu “lugar ao sol” na
Alemanha.
“Cheguei
aqui através de um amigo brasileiro que estudou dança no Rio, e me perguntou se
eu gostaria de dançar na Europa. Ele já vivia há muitos anos fora e fez uma
linda carreira. Nunca tinha passado pela minha cabeça morar na Alemanha, foi tudo muito
espontâneo. Depois de menos de duas senanas, cheguei a Berlim; fiz várias audições e
consegui um contrato exatamente onde eu queria: no Balé da TV Alemã, onde todos
bailarinos têm formação clássica, mas com repertório bem diversificado” conta
Adriana.
De
lá pra cá a carreira continuou a deslanchar: após diversas apresentações e
turnês internacionais, ela chegou a receber o contrato de solista, porém, após
50 anos de história, a companhia chegou ao seu fim. Após isso, Adriana Mendes decidiu
seguir a carreira de free lancer, dançando em diversas produções, principalmente com o grupo German Dance Sensation.
Por conta da beleza e atitude, foi
convidada recentemente pelo fotógrafo Yan
Revazov – também residente em Berlim – para realizar um ensaio fotográfico que
ilustra a nossa matéria. Apesar de se considerar pequena para ser modelo – ela
tem “apenas” 1, 68m - Adriana irradia
fotogenia e vez por outra é convidada também para eventos de moda.
A
beleza e a interpretação marcante de outra niteroiense também conquistou a
atenção e as lentes de um fotógrafo, em outro país da Europa: a França. Com
dupla nacionalidade, a bailarina, coreógrafa, pédagoga e pesquisadora Désirée
Thompson estrelou recentemente um ensaio em Montmartre – coração da boemia
artística de Paris – feito pelo fotógrafo Philippe Gressien.
Désirée Thompson (foto divulgação/ Philippe Gressien) |
Há 20 anos, Désirée
resolveu partir para a terra-natal de seu avô e de sua mãe – a mestra de dança
também franco-brasileira Renée Simon, falecida em 2012 - onde cursou a escola
do Conservatório da cidade de Angers, obtendo em seguida contratos para as
produções do consagrado ballet da Opéra de Paris. Foi nesta época que a bela se
estabeleceu na “cidade-luz”, e dali não mais saiu.
Désirée já realizou turnês na França, com diversos coreógrafos,
e como professora, desde 1998 se especializa no Método “Barres Flexibles” de
Wilfride Piollet, pedagoga e bailarina étoile da Opera de Paris. Desirée ensina
o método na Instituição Francesa Maison d’Éducation de la Légion d’Honneur em
Saint Germain.
Pela sua interpretação
marcante, a bailarina foi convidada também a fazer cinema, tendo protagonizado
o curta-metragem “Un désert Onduleux” (Um deserto onduloso), filmado no Sul da
França e já exibido em diversos festivais.
Projetos que ligam a França ao Brasil (foto: divulgação/Philippe Gressien) |
Uma das suas mais recentes
pesquisas é baseada numa especialização em Dança Barroca, realizada com a
“Compagnie Divertimenty”, formaçāo regida pelo Ministério da Cultura Francês.
Diretora artística da Associação Express-art, ela elabora agora um projeto que
promete unir Brasil e França, num encontro multidisciplinar atingindo um
público amador e profissional, ao redor da dança erudita e popular dos dois
países.
“Quero
seguir fazendo pontes entre os dois países que estão na minha alma e no meu
coração: França e Brasil. A arte não tem fronteiras” finaliza Désirée.
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