quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Sífilis ainda é uma das principais causas de morte materno-infantil

Instituto Vital Brazil faz o alerta no Dia Nacional de combate à doença

Estima-se que sete mil novos casos de sífilis em gestantes são detectados por ano. O Instituto Vital Brazil, por meio do Laboratório de Biomarcadores (Biomarc), atende gestantes do Estado do Rio com o programa de Triagem Pré-natal para detecção precoce de doenças sexualmente transmissíveis. Entre os marcadores triados, está a sífilis, doença que ainda é uma das principais causas de morte materno-infantil. “Por isso, no Dia Nacional da Sífilis, comemorado no terceiro sábado de outubro, o Instituto quer chamar atenção para a incidência da doença e como pode ser evitada”, disse o coordenador do Biomarc e pesquisador, Juan Fidel.

Dos marcadores triados pelo Biomarc, o de sífilis é o que mais cresceu nos últimos anos. Dados do Laboratório, do ano de 2013, apontaram 1614 pessoas infectadas, um crescimento de mais de 100% se comparado à 2011. “A sífilis congênita pode provocar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. Também é necessário ter cuidado no momento do parto para evitar sequelas no recém-nascido como cegueira, surdez e deficiência mental, alerta Fidel.

A sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum que pode ser transmitida pelo ato sexual, transfusão de sangue ou transmissão vertical (de mãe para filho) durante a gestação ou no parto. O uso da camisinha e o correto acompanhamento durante a gravidez são formas simples e eficazes de prevenção. O Brasil tem o desafio de eliminar a sífilis congênita no país até 2015, como preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos. Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar sem apresentar sintomas por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte. 

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