José Carlos Machado em ação, na Marquês de Sapucaí entrevistando Paulo Faustino (foto Hyrinéa Bornéo) |
No final desta manhã de quarta-feira, dia 13 de julho, faleceu o jornalista, radialista e
grande nome do Carnaval, José Carlos Machado. Ele tinha 73 anos, foi Presidente
da ACC - Associação de Cronistas Carnavalescos, e trabalhou em diversas rádios.
Inaugurou a Rádio Tropical onde formou uma legião de radialistas,
principalmente especializados em carnaval e samba. Atualmente fazia parte da equipe
da Rádio Absoluta.
Na Velha-Guarda da sua querida Portela (foto reprodução) |
Portelense doente, até ano passado desfilou pela Velha
Guarda da Portela. Trabalhou para várias rádios de SP, e na divulgação da Liga
das Escolas de Samba do Grupo Especial e Acesso daquela cidade.
José Carlos lutava há três anos contra um câncer de
próstata.
O sepultamento do José Carlos Machado será dia 15 de julho, no cemitério do Cacuia as 16h30.
Personalidades do mundo do samba manifestaram seu pesar e
lembram com carinho de passagens dos mais de 40 anos dedicados à Comunicação e
ao Samba.
"Divulgando
o samba com vibração desde os tempos da Presidente Vargas, ACC, Bola Preta,
Clube do Samba, quadras das Escolas e Blocos, ele eternizou-se na Sapucaí, onde
até ano passado trabalhamos juntos. Siga em paz, amigo José Carlos Machado".
- Mário Dias – Jornalista
e editor do Casa da Gente
"Conheci
JCM de forma pouco satisfatória: em seu programa na Rádio Capital ele fez
críticas a meu pai - vice-presidente da Caprichosos de Pilares e presidente da
Ala de Compositores da escola. Dizia JCM que havia armação para um determinado
samba, com o apoio de "um rico comerciante do bairro" (meu pai tinha
um botequim) que "mandava na escola". Um dia, sem saber quem era o
criticado, JCM parou no bar antes de ir à quadra. E meu pai, que não tinha
meias palavras, deu-lhe uma bronca e falou para que ele procurasse se informar
melhor. A inimizade acabou ali. Tornaram-se grandes amigos. Os dois eram
apaixonados por Carnaval. E é assim que vou lembrar de JCM: um cara apaixonado
por Carnaval. A bateria do céu está rufando forte para recebê-lo" - jornalista e Assessor de Imprensa da
Liesa, Vicente Datolli
"Figuraça.
Zé Carlos Machado é assim: no bom sentido. Brincalhão, divertido, conversador.
É assim que vou sempre me lembrar dele. Que siga em paz!! Muita paz e luz, Zé!!
Até breve!" - Solange
Duart, jornalista
"São muitas histórias com José Carlos Machado. Ele foi
um dos fundadores da AICOC e se revezou com o José Carlos Neto. Eram amigos e
adversários . Sempre brigava por mais credenciais e quando estava em emissora
de rádio queria uma super cabine. Mesmo que conseguisse transmitir por uma
emissora pequena de outro estado, insistia em conseguir a cabine. Quase sempre conseguia
pelo prestígio alcançado em décadas de coberturas jornalísticas do carnaval
carioca. Uma história ótima foi uma missa em ação de graças aos sócios da
AICOC, com o apoio da Riotur, na Igreja de São Jorge, no centro do Rio, em que
o José Carlos Machado fez flash ao vivo para Rádio Tropical. O padre rezava a
missa e ele comentava, fez entrevistas e invadia o altar para colocar o
microfone com fio perto do padre. Figura marcante da cobertura de carnaval". - Paulo Faustino, jornalista e responsável
pela Comissão de Credenciamento de Carnaval do Rio
É uma lamentável perda para o carnaval carioca, um grande amigo, que só agora tomo conhecimento de sua passagem para o outro lado. A última vez que o vi foi na festa da velha guarda na União da Ilha. Paulo Amargoso, também estava vivo. Mas vamos nos consolar com o velho dito do nosso cancioneiro popular, ESTRELAS NÃO MORREM, SÓ MUDAM DE LUGAR! Que Nzambi (Deus, o conserve ao seu lado, para que de lá possa ajudá-lo a olhar por nós. Nguzu!!.
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