Maricá comemora o sucesso
do “Mais Educação”,
com mais de seis mil alunos beneficiados pelo programa
A coordenadora do
“Mais Educação” em Maricá, Angélica Cássia Amaral Neto, fala sobre o programa
que é direcionado, prioritariamente, para escolas com baixo IDEB (Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica), para alunos que estejam em risco social e
que sejam atendidos pelo Bolsa Família. “Começamos, em 2010, atendendo seis
escolas, e, progressivamente, aumentamos o número de unidades beneficiadas. Os
alunos querem participar das atividades oferecidas, eles se sentem mais
motivados e felizes. Além do que melhora, inclusive, a autoestima de crianças
que, muitas vezes, ficavam em casa ou na rua sem ter o que fazer”.
Em
2014, até o momento, o MEC repassou a quantia de R$ 1.052.727,58 para a
realização de 21 oficinas (agroecologia/canteiros; jornal escolar;
arte gráfica e mídia; canto coral; esporte e lazer; campos do
conhecimento; iniciação científica; banda; orientação de estudos e
leitura; capoeira; matemática; judô; pintura; karatê; tecnologias educacionais;
desenho; teatro; percussão; artesanato; música e ginástica rítmica) que conta
com o apoio de 154 monitores.
Para
Manoela da Costa, diretora da Escola Municipal Maurício Antunes de Carvalho,
uma das 38 escolas atendidas, o programa permite melhorar a aprendizagem,
disciplina e comportamento do aluno. “A mudança é notória. Os alunos eram
desmotivados e não tinham interesse por nada relacionado à escola. Hoje, o
cenário é outro. As notas melhoraram, os alunos estão mais participativos e
disciplinados em sala de aula e, inclusive, percebemos, uma efetiva mudança na
relação entre os pais e os alunos”, declarou a diretora da unidade, que possui
matriculados 307 alunos da Educação Infantil até o 5º ano, sendo desses 150
beneficiados pelo “Mais Educação”, com aulas de Karatê, dança, futsal, rádio
escola, letramento e orientação para estudo (reforço escolar).
O aluno Lucas
Gabriel Salsa, de 12 anos, é um exemplo de sucesso do programa. Criado somente
pela mãe, que trabalha num supermercado da cidade durante o dia e que ainda
estuda à noite, Lucas ficava maior parte de seu tempo sozinho na rua, sem
qualquer tipo de atividade ou acompanhamento. Há menos de um ano, o aluno
passou a frequentar as aulas de futsal e de orientação para estudo do “Mais
Educação” e está adorando. “É muito melhor ficar aqui na escola do que ficar na
rua sem ter o que fazer. Pratico esportes, brinco e ainda aprendo mais”,
declarou. Para a diretora, o caso do Lucas é um caso típico de resgate humano
por meio da educação. “É triste imaginar o futuro que ele poderia ter se
continuasse na rua. O próprio relacionamento entre ele e a mãe era estremecido.
Hoje, ele está mais confiante de si, mais disciplinado e amigo de sua mãe, que
passou a participar das atividades da escola”, explicou a diretora.
A história do aluno
João Victor Barbosa, de 10 anos, é outro motivo de orgulho. Ele sofria por
distúrbios de comportamento e, em seu histórico escolar, há mais de dez surtos
agressivos contra alunos e, até mesmo, contra a equipe pedagógica. Com o início
das atividades do programa nas aulas de karatê, futsal, queimado e orientação
para estudo, João Victor melhorou seu temperamento e evoluiu no aprendizado.
“Não queria vir para a escola porque aqui nada me agradava. Eu ficava revoltado
por ter que fazer os exercícios que os professores mandavam e acabava não
fazendo. Agora, quero participar das aulas e brincar com meus amigos”, declarou
do aluno que obteve uma grande evolução nas notas.
Matheus da Costa
Oliveira, de 11 anos, há mais de um ano participa do programa em aulas de
karatê, futsal, dança e letramento. “Antes, ficava em casa sem fazer nada, sem
ninguém pra brincar. Agora, participo de tudo que posso porque adoro ficar na
escola com meus amigos”, destacou. Segundo ele, seu pai e seu professor
elogiaram seu comportamento. “Nem tinha percebido, mas eles me disseram que
estou menos bagunceiro”.
Monique Soares Mota,
de 31 anos, é mãe de três alunas beneficiadas pelo “Mais Educação” - Ana
Beatriz, de oito anos; Ana Clara, de sete; e Ana Alice, de seis - nas aulas de
dança e de karatê. Para ela, o programa contribui para melhorar o aprendizado
de suas filhas. “É ótimo e saudável porque elas se movimentam e praticam
atividades físicas. As crianças gostam muito, e, notei, inclusive, uma melhora
no relacionamento delas com as colegas de turma. Além disso, tenho mais
tempo para fazer outras coisas enquanto elas ficam na escola”, declarou a
mãe.
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