O Espaço Cinema da Câmara de Vereadores de Niterói traz para o mês de julho o documentário “Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei”, dirigido por Calvito Leal, Claudio Manoel e Micael Langer. A produção é de 2008 e mostra a trajetória do cantor que, durante a década de 60, foi um dos mais importantes artistas que o Brasil conheceu. Com duração de 86 minutos, o documentário será exibido com entrada franca na próxima terça, dia 11 de julho, às 17 horas, no Auditório Cláudio Moacyr da Câmara, no segundo andar do prédio do Legislativo.
Wilson Simonal, aliando seu talento e carisma, venceu o preconceito por sua cor e origem humilde e atingiu um estrelato nunca alcançado antes por um músico negro. Durante quase uma década, o ex-cabo do Exército fez sucesso no Brasil e fora dele, se tornou um símbolo sexual, além de chegar a viajar com a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 1970. Porém, um incidente mal explicado o levou ao anonimato.
Segundo o site especializado Guia de Cinema de São Paulo, no início da década de 70, “Simonal percebeu que estava sendo roubado por seu contador. De pavio curto, o cantor contratou um grupo para dar uma surra no traidor. O episódio envolveu agentes do DOPs (Departamento de Ordem Política e Social), e o obscuro fato fez com que se espalhasse a notícia de que o músico era informante do regime militar. Sem provas contra ou a favor do artista, Simonal foi condenado ao ostracismo, morrendo como um desconhecido em 2000”.
Ainda conforme o Guia de Cinema, “quando leu sobre o cantor, o humorista Claudio Manoel, do Casseta & Planeta, decidiu estrear na direção de cinema com o filme ‘Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei’. Mesmo sendo conhecido, Claudio não obteve qualquer apoio para o projeto, já que a maioria já não se lembrava do músico. O humorista pagou o filme do seu próprio bolso e recebeu a ajuda de Micael Langer e Calvito Leal, que o co-dirigiram. Nele, diversas pessoas que conviveram com Simonal à época dão seu depoimento para tentar entender o que aconteceu na realidade, inclusive o próprio contador”.
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