A cantora Tania Malheiros apresenta o show “A Banca do Distinto faz 60 anos”, de Billy Blanco para Dolores Duran, no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), Av. Rio Branco, 241, Centro, dia 4 de junho, terça, às 19h. O show visa registrar os 60 anos da primeira gravação do samba “A Banca do Distinto”, que Billy Blanco compôs, em 1959, a pedido de Dolores Duran: um clássico que marcou para sempre o combate ao racismo, através da Música Popular Brasileira (MPB).
“A Banca do Distinto” era equivocadamente conhecida como “A banca do Destino” por muita gente que, como eu, desconhecia a verdade sobre o nascimento do samba, diz Tania, que falará sobre o caso durante o show. O espetáculo fará também uma homenagem a Dolores Duran, que saiu de cena há 60 anos, com a sua música “A Noite do meu bem”, hoje, com mais de um milhão de acessos nas redes sociais. “Ela é um fenômeno, pois viveu tão pouco tempo e deixou uma obra extraordinária e inesquecível”.
Conhecida como cantora de samba de raiz, Tania recheia o repertório com “Agoniza, mas não morre” (Nelson Sargento), “Sorriso Negro” (Adilson Barbado, Jair Carvalho e Jorge Portela), imortalizada por Dona Ivone Lara, e composições autorais. “Se a gente grande soubesse”, samba canção de Billy Banco e “Mania”, de Dolores, compõem ainda o repertório que terá muito mais. Acompanham os músicos Kiko Chavez (violão 7 cordas), Jimmy Santa Cruz (baixo elétrico) e Gabriel Buzunga (percussão).
“Há algum tempo eu estranhava o fato de o destino botar banca. Ora, quem bota banca é pessoa. Daí, fiquei com isso na cabeça, toda vez que cantava esse samba. E nunca ninguém me corrigiu. Ouvia também muita gente cantando assim. Até que no ano passado, fui pesquisar essa história e verifiquei que o nome estava errado: era a banca do distinto (homem) e não destino. Distinto era o sujeito racista, assíduo nos shows, que fazia pouco caso da Dolores, porque ela era negra. Mas essa história vou contar no show”, conta Tania.
Tania Malheiros: A Banca do Distinto faz 60 anos – de Billy Blanco para Dolores Duran
Dia 4 de junho, às 19h
Centro Cultural Justiça Federal (CCJF)
Av. Rio Branco, 241 – Centro
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) – R$ 20,00 (meia)
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