Texto e fotos Luana Dias
Um quartinho dos fundos de uma casa, numa pacata vila de
moradores na Alameda São Boaventura, no bairro do Fonseca, em Niterói, se
transformou num verdadeiro Museu do Carnaval. Na estréia da Série
"Apaixonados pelo Samba", organizada pelo CASA DA GENTE, vamos
conhecer a história do folião Jorge Costa.
Há 30 anos desfilando em Escolas de Samba em todo o estado do Rio, ele coleciona
um verdadeiro acervo do Samba, com peças conservadas de maneira exemplar.
Troféus e medalhas: talento reconhecido |
Graduado em História e atualmente funcionário público do
Detran-RJ, Jorge Costa conta que a paixão pelo Samba começou aos 10 anos,
quando seu pai o levou pela primeira vez a um baile de matinê no CSSERJ – Clube
dos Subtenentes e Sargentos do Exército do Estado do Rio de Janeiro. A partir
daí, nunca mais deixou o Carnaval: de passista a mestre-sala, passando por
componente e presidente de Ala, Jorge alcançou o reconhecimento no mundo do
samba como Destaque Alegórico, desfilando com escolas de samba como Salgueiro,
Cubango, Viradouro e Porto da Pedra. Atualmente, ele é destaque na Império do
Araribóia e Folia do Viradouro, agremiações de Niterói.
Num dos momentos marcantes do desfile |
Seu carisma e dedicação ao mundo do samba lhe renderam uma
série de premiações, entre troféus, diplomas e certificados, em todo o Estado
do Rio de Janeiro. Na cidade de Cachoeira de Macacu, onde ele foi convidado a
desfilar com blocos e a Escola de Samba Unidos do Camburi,
Jorge foi eleito durante quatro anos seguidos - entre 2004 e 2007 - Melhor
Sambista, num prêmio organizado pelo Troféu Imprensa.
Em 2013, o
sambista recebeu o prêmio de Melhor Destaque via voto popular e de internautas,
organizado pelo site Cadência da Bateria. Na ocasião, ele desfilou na Folia do
Viradouro" com a fantasia "O Sol de Lampião". Além disso, ele recebeu prêmios também em Papucaia e em Friburgo,
quando foi convidado a desfilas nestas cidades.
Entre Vinis,
composições e fantasias
No quarto, uma coleção de mais de 800 discos de vinil e CD's reúnem
relíquias como a coletânea completa de discos de sambas-enredos do Carnaval de
1968, discos raros de Cartola, Jamelão e Ismael Silva.
Vitrola toca uma das raridades da sua coleção de vinis |
A cada metro quadrado, o visitante é surpreendido por uma
nova relíquia. 'Protegida' por uma imensa escultura de Buda, uma antiqüíssima
vitrola com rádio integrado funciona perfeitamente.
"Quando estou animado, eu acendo todo o meu 'museu'
particular, coloco um disco de samba bem antigo, e fico aqui ouvindo e
'viajando' no tempo" confidencia Jorge.
Dezenas de livros, esculturas africanas, coleção de quadros
também fazem parte do acervo, encontrados durante as horas vagas de Jorge, onde
ele aproveita para 'peneirar' bazar de usados e feiras de antiguidades.
Outro grande destaque são as luxuosas fantasias, acumuladas
durante os anos de destaque, que dão um brilho e um colorido especial ao Espaço,
além de trazer boas lembranças.
E não pára por aí:
Jorge também já 'atacou' de compositor, concorrendo por duas vezes na Folia do
Viradouro. Ele também criou um samba em homenagem ao centenário do samba do
Canto do Rio FC.
"O samba está no sangue, acho que você tem que gostar.
Meu pai foi meu grande incentivador, e eu resolvi seguir este caminho. Se a
cidade de Niterói criasse um espaço para contar a história de Carnaval, eu
gostaria que este meu material fosse
divulgado e exposto, assim esta paixão poderia ser compartilhada com todas as
pessoas", finaliza.
Exelente materia sobre coleções de artigos,fantasias de carnaval feitos por Jorge Costa um exelente sambista parabéns
ResponderExcluirExelente materia sobre coleções de artigos,fantasias de carnaval feitos por Jorge Costa um exelente sambista parabéns
ResponderExcluirMeu amigo Jorge. Sua dedicação sendo, mais uma vez, reconhecida, parabéns.
ResponderExcluirParabéns amigo pelo belíssimo acervo!
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