O artista niteroiense Glauco Araújo se consagra nos palcos
americanos
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| Glauco Araújo (foto divulgação/Marcos Queiroz) |
Do criativo menino que começou a
estudar dança e teatro aos 5 anos no Colégio Albert Sabin, em Niterói, ao
bailarino convidado nos palcos do Brasil, Espanha e Estados Unidos há uma longo
caminho, que Glauco Araujo decidiu percorrer. Bailarino, ator, coreógrafo e videomaker, o artista multimídia vem trilhando
uma bela carreira nos palcos americanos como convidado em recitais musicais, na
cidade de Chicago. Além disso, ele trabalha como artista convidado da Momenta
Dance Company, sob Direção de Stephanie
Clemens.
A
trajetória profissional de Glauco Araújo foi sempre permeada pelo tema da
Inclusão. Há mais de dez anos, vem participando de trabalhos de pesquisa, coreografia
e dança, em grupos com artistas com e sem deficiência. Logo no início da
carreira, em 2005, ele dançou com o Grupo Corpo em Movimento, criado pela ANDEF
(Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos), onde sentiu
"despertar" este interesse pela dança inclusiva.
"A dança inclusiva é uma forma muito livre de se
movimentar, cada trabalho é muito pessoal, diferentes da dança 'competitivas'
onde muitas vezes a técnica e a forma
estabelecida de se dançar prevalece. Me interessei muito por este caminho, que
até hoje sigo".
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| Glauco Araujo e Linda Mastandrea (foto divulgação/ Corey Kesller) |
Posteriormente, Glauco assumiu a
direção artística do Grupo Corpo em Movimento, ao lado da coreógrafa Camila
Rodrigues. Em 2011 - após uma temporada
trabalhando no grupo de teatro da FAETEC Niterói - Glauco foi convidado a
coreografar para a "Embaixadores da Alegria", primeira e única escola
de samba no mundo para pessoas com todos tipo de deficiência. A agremiação participa
da abertura do Desfile das Campeãs, no Rio de Janeiro.
Em 2012, Glauco representou o Brasil
como bailarino durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos em
Londres.
Atualmente, suas energias estão
concentradas nos ensaios para a nova temporada do Momenta Dance Company. O
grupo de dança de Chicago desenvolve desde 2003 um repertório de inclusão e
integração física de bailarinos com e sem deficiência, e é um dos
representantes do movimento de Dança Inclusiva nos Estados Unidos. A estréia do
novo espetáculo será em novembro.
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| (foto divulgação Lisa Green) |
Glauco trabalhou com alguns nomes
importantes da dança como Regina Sauer, Carlinhos de Jesus, Bradley Shelver e
David Parsons, além de já ter estudado nas escolas de dança "Martha Graham
School", "Alvin Ailey American Dance Theater", "Steps on
Broadway" e "Ballet Arts", em Nova Iorque. Porém, uma das
experiências que guarda com mais carinho é o período de formação na escola da
dança Martha Blanco, em Niterói:
"Ela
foi a minha verdadeira escola não só de movimento, mas de vida. Martha é uma
dama, um ser humano muito especial. Me mostrou uma forma diferente de ver a
vida e abriu meu caminho para o mundo".
Sua carreira começou a ganhar maior
reconhecimento internacional em 2014, com a realização do projeto "Perfopoético
Soledad Bailada Y Casi Compartida ", realizado na Universidad de Sevilla,
na Espanha, ao lado de Carlos Sepulveda. Em seguida, foi a vez dos Estados
Unidos, onde segue até hoje se dedicando integralmente à Arte.
"Meu
plano para o futuro é seguir buscando boas oportunidades. Evoluir. Eu acredito que o segredo para
qualquer grande resultado de um objetivo é o Amor. Existe um trecho de uma
entrevista da bailarina e coreógrafa Marilena Ansaldi, que é um resumo do que
acredito. Ela dizia: 'se você
me perguntar: compensa ser bailarina, compensa ser ator, compensa ser escritor,
compensa ser alguma coisa que fale ao espírito e que mexa no interior das
pessoas? Claro que vale a pena, se isso vale pena!", finaliza.
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