Mães
falam das alegrias e dificuldades com a chegada do segundo filho
Maria Fernanda, com seu pequeno Victor e, no ventre, Maria Cecília que nasce em junho (foto acervo pessoal) |
A
funcionária pública Maria Fernanda Marques, de 34 anos, está na contagem
regressiva para dar à luz em junho à sua segunda filha, Maria Cecília. Segundo
ela, com a experiência da primeira gravidez, os ‘medos’ clássicos de como será
o parto ou se irá conseguir amamentar são bem menores. A atenção especial está
virada para outro assunto: a preparação de Victor, de 5 anos, para a chegada da
irmãzinha:
Maria Eduarda com seu irmãozinho Hudson nos braços: companheiros para toda a vida |
Nem
sempre a adaptação é fácil. A assistente administrativa Michelle Abreu, de 32
anos, e mãe de Hudson, de apenas 25 dias, e Maria Eduarda, de 4 anos, conta que
teve dificuldades no início.
“Maria
Eduarda não conseguia entender que o fato de ter um irmão não tiraria a vez
dela na família, e com isso, sofreu um pouco, ficou agressiva e 'respondona'. Mas
após algumas conversas, ela viu que o irmão veio para somar e ser um
companheiro pra vida dela” afirma Michelle.
A cake
designer e dona de casa Érica Monteiro, mãe de Milena, de 5 anos e Murilo, de 5
meses, ressalta a relação de cumplicidade que se criou entre os dois filhos.
Erica Monteiro com a filha Milena e o pequeno Murilo (foto acervo pessoal) |
Mãe de
duas meninas, a médica Erica Gualda, de 39 anos, ressalta o sentimento de
amizade desenvolvido entre Gabriela, de 7 anos; e Rafaela, de 3 anos.
“São
abraços, beijos de bom dia, carinhos trocados a todo instante; mas, é claro,
também brigam muito - cada uma defendendo o seu ponto de vista”, revela Erica.
Ser mãe pela segunda vez traz também
uma sensação de maior segurança nas tarefas do cotidiano: desde o período de
gestação até as trocas de fraldas e amamentação, coisas que numa primeira
gestação são novidade, na segunda são rotinas mais calmas.
“Na
primeira gravidez, você passa nove meses ‘alisando a barriga’, lendo tudo sobre
a maternidade, cuidando da alimentação e do corpo; na segunda, suas prioridades
passam a ser tudo o que diz respeito ao primeiro filho”, complementa Erica
Gualda.
Erica Gualda, e as filhas Gabriela e Rafaela (foto acervo pessoal) |
“Somos
eternas malabaristas! São necessidades, programas e demandas diferentes; você
tem que viver buscando esse equilíbrio, para que nenhum dos filhos se sinta
prejudicado” Erica Gualda.
“Eu estou
duplamente acompanhada. Esse é um bônus dos filhos. O ônus é o caos, por
exemplo, para sair de casa. São dois para dar banho, pentear, arrumar...E lá se
vão algumas horas”, conta Michele Abreu, em meio a risos.
Maria Fernanda destaca ainda a
importância da base familiar, em especial o companheirismo do pai das crianças.
“Um pai que não 'ajuda' simplesmente, mas
que assume efetivamente o papel de pai faz toda a diferença. Os avós, os tios, um coletivo de pessoas repletas de amor -
com vínculos de sangue ou não - dispostas a segurar as pontas, a dar aquele
suporte quando necessário, é tudo de bom!”
Em
meio a todas as alegrias e dificuldades que aparecem com a chegada de um
segundo filho, as mães se mostram felizes e confiantes com a escolha que
fizeram de encarar uma nova gravidez.
“Passei
muito tempo com a de ter um segundo filho, e agora posso afirmar: foi a melhor escolha!
Dá trabalho, cansa... mas é a melhor coisa do mundo”, aconselha Michele Abreu.
“Não
tenha dúvidas: seu coração é capaz de crescer de uma maneira que você nem
imagina!”, finaliza Erica Gualda.
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