quinta-feira, 9 de abril de 2020

A solidariedade que nos move


Iniciativas da sociedade civil se multiplicam pela cidade em busca de conter o impacto social da paralisação de serviços durante o período da quarentena

Dona Laura, que vende há anos sua empadinha
no Ingá (foto reprodução internet)
Com o avanço do coronavírus, e a necessidade de medidas de distanciamento social, milhares de pessoas no Brasil, e em especial, na cidade de Niterói - entre eles microempreendedores e trabalhadores informais - tiveram de um dia para o outro as suas principais fontes de sustento interrompidas. Com a paralisação de comércios, escolas e o fechamento temporário de praias, parques e hortos, uma multidão de trabalhadores se viu em casa, enfrentando a agonia diária de como irão pagar suas contas e garantir o alimento às suas famílias. Buscando amenizar esta situação, e sem esperar que os governos coloquem em prática suas medidas para conter o impacto sócio-econômico, uma rede de solidariedade se formou com o apoio, sobretudo das redes sociais e aplicativos de mensagem.   
Um exemplo deste tipo de iniciativa é o grupo "Uma mão lava a outra - Niterói" já alcançava até o dia 9 de abril mais de 800 membros. A ideia é de apoiar as pessoas que trabalham na cidade, e que se encontram sem renda para viver neste momento de pandemia. Os participantes do grupo podem contar um pouco da história destas pessoas que ficaram sem o seu sustento. A ideia é de fazer o elo com outras pessoas dispostas a ajudar, seja com doações de alimentos, ou contribuições financeiras.
"Quem se sentiu tocado por alguma história específica e quer ajudar determinada pessoa, pode doar direto na conta de quem precisa. Para os casos de quem quer ajudar mais de uma pessoa e não necessariamente uma pessoa específica, disponibilizamos uma conta para centralizar estas doações e para que consigamos redistribuir para quem recebeu menos ou quem está mais precisando. Para saber os detalhes é só enviar uma mensagem no whatsapp para (21) 98102 8338, que contamos como fazer em cada caso. Cada gesto faz a diferença! Vamos juntos - de longe - mas de mãos dadas!" explica em uma postagem Mariana Yusim, uma das administradoras do grupo. Para saber mais, basta seguir nas redes: @umamaolavaaoutranit .
Valdecir, vendedor de coco na Boa Viagem
é um dos exemplos de trabalhadores cujo o grupo
"Uma mão lava a outra - Niterói"
busca apoiar (foto reprodução internet)
Consciente do problema e das consequências para as comunidades mais desassistidas, o Instituto Vital Brazil lançou uma campanha para arrecadação de alimentos não perecíveis e produtos de higiene e limpeza, que serão doados para auxílio dos moradores carentes do Morro Vital Brazil, vizinho ao Instituto.
“O Instituto possui uma parceria antiga com esta comunidade, desde a época de sua fundação, há 100 anos. A história da comunidade se inicia com a instalação da instituição aqui. E, nesse momento de crise, é de extrema importância que façamos a nossa parte, atuando de maneira solidária”, explica Adilson Stolet, presidente do Instituto Vital Brazil.
As doações podem ser entregues na entrada da instituição (Rua Maestro José Botelho, nº 64, Vital Brazil, Niterói), de segunda a quinta, de 8h às 17h.
Outra ação solidária foi liderada por pais de alunos do Colégio Marly Cury. A ideia era de ajudar diretamente a Sr. Almir, Dona Dora e Théo (Caquinho), que segundo a escola "fazem parte da história do Marly Cury, vendendo balas, água de coco, pipoca e, principalmente, trazendo sua presença e seu carinho com as crianças todos os dias".
Pais de alunos se mostraram dispostos a ajudá-los numa corrente do bem, e conseguiram arrecadar cerca de R$8 mil em doações para as famílias. A campanha foi divulgada nas redes sociais da escola e em grupos de whatsapp.



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