terça-feira, 8 de agosto de 2017

Oficina Social de Teatro leva obra de Shakespeare para o palco do Teatro Popular

Muito Barulho por Quase Nada é uma adaptação de comédia do dramaturgo inglês 

Na cidade italiana de Messina, em meio a um cenário de consecutivas guerras, um casal de jovens abastados, Cláudio e Hero, ganham o consentimento de suas nobres famílias para se casarem. O melhor amigo de Cláudio, Benedito, está apaixonado por Beatriz, irmã de Hero, uma jovem que rejeita suas cortesias e nega o desejo de enamorar-se dele. Em verdade ela acaba negando a união com qualquer homem que não corresponda às suas prerrogativas, assumindo um papel incomum para uma mulher de sua época e de sua classe. Cada encontro entre Benedito e Beatriz é marcado por insultos mútuos e agressões, que acabam por afirmar o que os outros personagens suspeitavam: ambos estão apaixonados. Toda uma trama é armada por familiares e amigos, para que o casal assuma essa paixão e eles acabam juntos. A raiva mostra sua outra face: o amor. 

Essa é a trama do espetáculo "Muito Barulho por Quase Nada", que evidencia as contradições e os condicionamentos presentes nas relações amorosas, bem como a condição da mulher imersa na tradição de uma nobreza que se encontra decadente, obrigada a cumprir um papel de noiva e futura esposa.  A peça, que fará temporada no Teatro Popular de Niterói nos fins de semana entre 12 de agosto e 2 de setembro, usa o riso e recursos da comédia física para levantar questões de fundo filosófico que tocam o público em geral e, mais diretamente, ao público jovem/adolescente para o qual se dirige, possuindo uma cena dinâmica e viva, que interage com o espectador, saindo do palco e tomando o espaço inteiro do teatro.
Aqui o espectador se vê como cúmplice da trama amorosa, numa história que transcende as barreiras do tempo e nos desafia: como amar em tempos de cólera?
O espetáculo será levado ao palco pela Oficina Social de Teatro (OST), escola de arte dramática que atua há 16 anos em Niterói, e tem direção de Erika Ferreira e Jose Geraldo Demezio. A OST funciona na Escola Fábrica, um edifício de três andares que fica no centro da cidade. Nesse ambiente está um núcleo de trabalho que atua nos 12 meses do ano e que já foi responsável pela formação de mais de 5 mil alunos, que se tornaram atores profissionais ou que buscaram o teatro para desinibir e se comunicar melhor.

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