Sucesso de público: Carnaval do Rio segue sendo um dos maiores espetáculos do Brasil (fotos Luana Dias) |
Um
carnaval de celebração da diversidade: da cultura indígena do Xingu aos
encantos de Iracema; do som dos ritmos criados pelos negros ao axé que arrasta
as multidões; da fé simbolizada no sincretismo e na esperança de tolerância à
crítica social ao poder e à corrupção; do brilho e esplendor da mil e uma noite
em Marrakech ao Rio que inspira e faz o corpo arrepiar. Inspiração é o que não
irá faltar nos desfiles das doze escolas que integram o Grupo Especial no
Carnaval 2017.
As
agremiações - que na reta final já arrastaram multidões para o Sambódromo, nos
já tradicionais ensaios técnicos - irão se apresentar no domingo, dia 26 e
segunda, dia 27 na avenida do Samba.
Campeã
da Série A em 2016, a Paraíso do Tuiuti traz o Tropicalismo com o seu "Carnavaleidoscópio Tropifágico".
Arrebatando as multidões, a Grande Rio promete dar um banho de axé com a
homenagem à cantora Ivete Sangalo. "Xingu: o clamor que vem da
floresta" é o enredo da Imperatriz Leopoldinense, que vem enfrentando uma
grande polêmica com os setores do agronegócio, em sua crítica ao uso de
agrotóxicos. A Unidos de Vila Isabel une o continente americano e africano
através da música no enredo "O som da cor". Carnavalizando a vida, a
Acadêmicos do Salgueiro promete trazer um embate no reino das tentações.
Fechando as apresentações de domingo, a Beija-Flor de Nilópolis cantará com a
força da sua comunidade a história de Iracema - a virgem dos lábios de mel,
imortalizada por José de Alencar.
Na segunda, a União da Ilha do Governador irá
trazer a versão banto da criação do universo, num enredo "Nzara
Ndembu – Glória ao senhor Tempo". O desvio de tesouros na França para
construção de um palácio particular é o mote do enredo da São Clemente, onde a
carnavalesca Rosa Magalhães adverte, abusando da ironia fina" :Essa história aconteceu há muito tempo, qualquer semelhança com fatos de
outras épocas é mera coincidência". A Mocidade Independente de Padre
Miguel propõe uma viagem ao Marrocos, com as cores e histórias do país ícone da
cultura árabe. Do encontro entre Pixinguinha e Louis Amstrong, a Unidos da
Tijuca vai celebrar o suingue da música norte-americana. O "mago" das
surpresas, Paulo Barros, vem para o segundo ano consecutivo à frente da
Portela, que neste ano irá contar as histórias que se passam à beira dos rios.
A atual campeã do Carnaval carioca será a última a atravessar a Sapucaí, num
enredo que exalta a fé do povo brasileiro. Ao final da sinopse, o carnavalesco
Leandro Vieira evoca a Santo Expedito - àquele mesmo das
causas impossíveis - para que interceda ao Pai por mais esse carnaval. Será a vez do Bicampeonato? Só na quarta-feira de Cinzas, saberemos!
ORDEM DO GRUPO ESPECIAL
DOMINGO
26/02/2017 |
SEGUNDA-FEIRA
27/02/2017 |
|
Paraíso do Tuiuti
|
1
|
União da Ilha do Governador
|
Acadêmicos do Grande Rio
|
2
|
São Clemente
|
Imperatriz Leopoldinense
|
3
|
Mocidade Independente de Padre Miguel
|
Unidos de Vila Isabel
|
4
|
Unidos da Tijuca
|
Acadêmicos do Salgueiro
|
5
|
Portela
|
Beija-Flor de Nilópolis
|
6
|
Estação Primeira de Mangueira
|
Objetivando
dinamizar cada vez mais os desfiles, o carnaval de 2017 vai ser marcado por
algumas mudanças, inclusive com a diminuição do tempo de cada agremiação no
Marquês de Sapucaí, a passarela do samba, que passará de 82 para 75 minutos, o
que vai ser motivo de uma atenção especial por parte de toda harmonia.
Outro
detalhe importante no carnaval de 2017, e o número de carros alegoricos que
será de 5 ( cinco), menos um que nos anos anteriores.
Com
relação aos jurados, ficarão em cabines duplas, além de terem nomes sorteados
um pouco antes dos desfiles, ficando na reserva um para cada quesito, preparado
para qualquer eventualidade, informou o presidente da LIESA - Liga
Independente das Escolas de Samba, Jorge Castanheira, acrescentando que tudo
foi decidido democraticamente em reunião com os representantes das escolas.
Quanto
a montagem da passarela do samba, como sempre, está sob responsabilidade do
engenheiro, Luiz Dias, que desde os tempos em que os desfiles eram fora do
Sambódromo, acumula experiência para cada ano tornar o "Palco" do
maior espetáculo da terra mais harmonioso, decorado e atendendo ao público,
desfilantes, autoridades e dirigentes do samba, com um publico diário 70 mil
pessoas, acomodados em camarotes, frisas, cadeiras de pista, tendo áreas especiais para atendimento médico,
segurança, juizado, carro de bombeiros, cabines específicas para emissoras de
rádios, televisões, alimentos e serviços.
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