Por Kakao Figueiredo
A “Grande
Voz” está no ar ... O cantor niteroiense Antônio Quintella se foi, prosseguiu
no seu caminho eterno nos deixando sem a sua presença e voz, mas o seu trabalho
e legado ficam. Na sua despedida, no cemitério Parque da Saudade, vários
amigos, artistas, fãs e admiradores se faziam presentes. Na hora final, o amigo Cássio Tucunduva cantou
uma de suas canções e todos choraram, foi emocionante. Seu
trabalho e sua voz ficam entre nós, no disco “Araribóia Blues” sua magia fica
registrada para sempre. Na memória de todos que viram seus shows, sua força
estará sempre presente.
Antônio começou sua carreira aos 10 anos de
idade, como vocalista da banda "Os Streggas", que tocava Elvis
Presley, Little Richard e Chuck Berry. Ele foi integrante do famoso grupo
niteroiense "Os Lobos". Quintella tocou também com grandes nomes da
música e ganhou diversos prêmios em festivais internacionais e nacionais.
Na Banda “Os Lobos”, o cantor trouxe o seu lado místico e psicodélico,
trazendo também suas influências dos Byrds, Crosby Stills e George Harison. Depois de
ganhar em 1970 o Festival Internacional da Canção, com a música "Aleluia
Aleluinha para 5 Cavalheiros", de Chico Aguiar e Miguel Coelho, Quintella
recebeu convite para cantar no grupo Karma. Produzido por Nelson Motta, o grupo
tinha como líder Jorge Amiden, Vinícius Cantuária na bateria, Danilo Caymmi nas
flautas, Paulinho Soledad no violão e vocais, Jr. Mendes no violão de 12 e
vocais e Rick Werneck nas guitarras.
Em 1979, foi para Saint Louis, no Delta do Mississipi, onde cantou com
várias bandas de esquina. Frequentou e cantou em várias festas de gospel e soul
music, e acabou descendo o rio até chegar em New Orleans, onde mergulhou na
noite, rica em música e alma. Em 1994, gravou o CD "Arariboia
Blues", pelo selo Niterói Discos, com produção de Luiz Antônio
Mello. Ultimamente continuava se apresentando e estudava a produção de um novo
CD. Um Grande
Artista que se vai. Vai em Paz, Antônio. Um Abraço.
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